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quinta-feira, 8 de novembro de 2007

BRIOSA DE REGRESSO... AO FUTURO












1.A Associação Académica é uma causa e uma espécie (não digo de magazine) mas de “espelho do país e do Mundo” como referem com um misto de sentencioso orgulho muitos dos seus adeptos que baseiam as suas proclamações no “universalismo da Academia de Coimbra, nesta mundivivência que é a Associação Académica”. Afinal a opinião pública também é uma espécie de somatórios das diversas opiniões individuais e de grupos...e por falar em grupos, o Grupo de Coimbra, ou liderado pela Universidade de Coimbra, conta muito.

2.De facto os dias de hoje não são iguais aos do passado, nem as performances necessárias para participar numa Liga Principal de Futebol ou de outras modalidades, altamente competitivas e profissionalizadas, são idênticas às de há três, quatro, cinco, oito décadas, pelo que há um “choque maior” quando a Académica aparentemente se vulgariza por causa do “metal sonante” parecendo cada vez mais distante da imagem-matriz que lhe foi “conferida” pelo país, como se pudesse haver ainda gente a pensar que os jogadores da BRIOSA têm como prémio de jogo apenas... um pirolito, pelo menos assim se dizia erradamente, em relação ao futebol.

3.A Académica é hoje, neste 2007, uma estrutura profissionalizada no futebol e caso pretenda retomar posições de liderança noutras modalidades “profissionalizadas/altamente competitivas”, terá também de assim ser, apesar de ter obrigação de continuar a sua obra social e cultural. Terá, talvez, de cruzar profissionais a tempo inteiro com atletas-estudantes, mas vendo nestes últimos, nos estudantes, a sua causa primeira, já que a equipa é a grande representante da Academia, e a Académica só existe porque existem estudantes, como já aqui escrevi noutra ocasião. E não esquecer a importantíssima FORMAÇÃO. Claro que a BRIOSA, assim se autodenomina a Académica, é também um inequívoco veículo de promoção de Coimbra como cidade do Conhecimento e da Universidade ( que começa a sentir os efeitos da concorrência) e até da Região Centro. Mas a Académica dos nossos dias é ainda uma entidade que reponde à memória histórica pela luz de um passado quase mítico. Que se tornou lendário. E para o respeitar a BRIOSA paga uma factura mais cara, com a desvantagem de que os apoios não são proporcionais às necessidades e ao prestígio a defender.

4.Feliz da vida, a Académica comemora 120 anos. Não foi só actividade desportiva. Foi cultura, divertimento, fado, teatro, comunhão de estudantes e da Academia com a cidade futrica ao longo de mais de um século. Se a Briosa não tivesse percorrido este longo “caminho”, se Fernando Pimentel não lhe tivesse desenhado um emblema, se a Universidade de Coimbra fosse apenas mera “produtora de licenciados” e não existisse a Académica, Coimbra e este país ( de muitos pobres) estariam mais pobres. Benquista Académica. Viva a Briosa, velha e nova. De todos os tempos. Em todas as áreas e modalidades desportivas.
SC.

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