Académica: Advogado entende que Eduardo Simões não deve sair da direcção da Briosa
O advogado de José Eduardo Simões, que vai ser julgado por oito alegados crimes de corrupção, disse hoje "não ver razão" para que o seu constituinte se afaste da presidência da Académica. "Tem que ser ele a responder, mas não vejo razões para que não se mantenha como presidente da Académica", declarou o advogado Rodrigo Santiago, questionado esta tarde pelos jornalistas à saída do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Coimbra, que hoje decidiu levar a julgamento a totalidade dos oito crimes de corrupção imputados pelo Ministério Público a Eduardo Simões.. O causídico disse "ter que se conformar com a decisão" do TIC. "A decisão não é uma condenação" e o julgamento "vai dar a possibilidade aos arguidos de poderem defender-se com todas as garantias", sublinhou Rodrigo Santiago, que não pretende, em princípio, recorrer. Na sua opinião, "havia argumentos fortes para contrariar esta decisão", já que "não havia matéria" para levar a julgamento os seis crimes para os quais José Eduardo Simões requereu a abertura da instrução. A decisão do TIC, a que os jornalistas tiveram acesso no final da sessão à porta fechada, salienta que "o arguido agiu livre e conscientemente" ao praticar "actos proibidos por lei". O tribunal refere ainda, designadamente, que Eduardo Simões "aceitou para o clube as aludidas vantagens patrimoniais, consubstanciadas em valores a título de publicidade desinteressada, empréstimos sucessivos e imediatamente disponibilizados sem cobrança de juros".
Lusa
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